terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Ensaio Aberto

Parte I - Arte x Barbárie

Parte II  - A lei de Fomento

Parte IV - Teatro Grupo e Teatro Mercadoria

Parte V - A contrapartida social

Parte VI - Teatro político e social

Parte VIII - Trabalhadores de teatro


Política - trio Protofonia


Política

Nós na granja



Nosso primeiro retiro para granja dos bichos :D

Julie: Minha gente linda!!! Que dia incrível, to na fé com nossas discussões! 

Porcas



Por Rod God

Sobre a polícia

Julie: odeioooooooooo, sério, se tem uma raça que eu odeio são eles. sou preconceituosa memso.

Clarice: 
Vixe, tenho umas histórias cabulosas sobre isso ai.

Alê: 
cachorros!

Rods: 
Esse é um ponto muito importante mesmo. O Estado detém o monopólio da violência na modernidade, e o exerce através das polícias militares e do exercito. É evidente no nosso país e na Revolução dos Bichos que esse monopólio serve a quem está no poder. Uma vez eu estava com duas amigas universitárias de madrugada no Setor Comercial Sul fazendo uma pesquisa com as trabalhadoras garis onde haviam outras pessoas trabalhando na prostituição, não deu 20 min. para aparecer uma viatura da polícia perguntando o que a gente estava fazendo ali, e dizendo que ali não era lugar para a gente, evidentemente pq a gente era branco e classe média. A polícia estava mais do que pronta para nos 'defender'. Ainda no Brasil com a questão racial mais que latente, é um paradoxo que uma polícia onde muitxs são negras/os esse acabem atuando como agentes diretos do racismo, quase como os novxs capitxs do mato, no exercício do que chamam de "kit pega" que é um conjunto de descrições racistas que servem de baliza para a atuação da polícia nas ruas.

Dani: https://www.youtube.com/watch?v=B-iy28mIsLk


A postagem era do Lupe e dizia venho pensando sobre a polícia.

20 motivos pra criar porcos


20 motivos para criar mini porcos


Postado pela Julie

Mais Pawel Kuczynski


26 ilustrações de Pawel Kuczynski

Por mim

Andaime monstro



Por João V

Eu empolgando com o Bob Marley


Traduzi maior parte dessas músicas na postagem e ainda escrevi: "Tava ouvindo Bob Marley e digo, devia ser nosso mantra.
Bob Marley foi um moleque preto e pobre da periferia de um país muito pobre. Bob é PHD em problemas sociais desde o berço. Foi o primeiro artista do país dele a gravar um LP. O disco é maravilhoso e as duas primeiras faixas são obrigatórias pra gente. Vou postando umas coisas dele e vocês me digam se eu tô errado."

Crazy Baldhead
CARECAS LOUCOS
Nós vamos perseguir aqueles loucos
para fora da cidade
Vamos acossar aqueles loucos
Para fora da cidade
Eu construí a cabana
Eu plantei o milho
O meu povo antes de mim
Já não foi escravizado por essa nação?
Agora você me olha com desprezo
E então devora todo o meu milho
Construímos sua penitenciária, nós construímos suas
escolas
Educação de lavagem cerebral, para nos ludibriar
O ódio é sua recompensa pelo nosso amor
impondo a nós o seu Deus
Lá vem o vigarista
Chegando com suas artimanhas
Nós não vamos aceitar suborno, nós temos de continuar vivos

FALANDO DAS TRISTEZAS
o chão frio foi minha cama ontem
e a pedra, meu travesseiro
tô falando das tristezas
eles dizem que seus pés são bem maiores que os sapatos
Eu to na pedrera faz tanto tempo
Parece que eu to fudido pra sempre
mas eu vou olhar pro céu
deixar os raios brilharem nos meus olhos
porque como eu posso dar mais um passo?
Eu me sinto como se bombardiasse uma igreja
agora que te contei que teu pastor tá mentindo
E quem vai ficar em casa quando enquanto os guerreiros da liberdade guerreiam?
CANÇÃO DE REDENÇÃO
Velhos piratas me roubaram
me venderam pros navios mercantes
minutos depois de me tirar de um buraco sem fundo
mas minhas mãos foram feitas fortes
Pela mão do todo poderoso
Avançamos nessa geração
triunfantemente!
Você não me ajudará
a cantar as canções de liberdade?
Porque tudo que eu sempre tive
foram canções de redenção
canções de redenção
Emancipe-se da escravidão mental
ninguém além de nós mesmos pode libertar nossas mentes
não temo a energia nuclear
porque nada pode parar o tempo
Por quanto tempo matarão nossos profetas
enquanto ficamos parados olhando?
Alguns dizem "faz parte, temos que seguir a cartilha..."
Você não me ajudará a cantar as canções de liberdade?
Porque tudo o que eu sempre tive
foram canções de redenção
canções de redenção

PARAÍSO DOS CAFETÕES
ela adora festas, curtir uma onda
ela parece tão afetuosa, sentindo-se bem
ela se amarra em fumar, as vezes cheira pó
ela tá rindo, mas não tem piada
Paraíso dos cafetões, é o que ela é
TODA NECESSIDADE TEM UM EGO PARA ALIMENTAR
Ela se veste bem, na última moda
Ela tá na disputa, correndo com paixão
Ela tá doidona, tentando voar
E agora tá na bad, mas não há mais tristeza
Paraíso dos cafetões, é o que ela é
TODA NECESSIDADE TEM UM EGO PARA ALIMENTAR
Agora, eu sinto muito pelas vítimas
Em breve suas cabeças (dos cafetões do paraíso) irão se curvar
Não se perca de si mesmo
Não se permita ser mais um na prateleira

SELVA DE PEDRA
O sol não brilhará no meu dia hoje
A lua, alta e amarela, não vai sair pra brincar
escuridão cobriu minha luz
e trocou meu dia pela noite
cadê o amor para ser encontrado? alguém me diz?
porque a vida, doce vida, deve estar em algum lugar para se encontrar
Além da selva de pedra aonde viver é tão difícil
Selva de pedra aonde temos que dar o nosso melhor
Não há correntes em meus pés
mas não sou livre
eu sei que estou ligado aqui ao cativeiro
não sei o que é felicidade
Não sei o que é o cuidado
mas tô sempre rindo feito palhaço
Ninguém vem me ajudar
devo me tirar do chão sozinho
Nessa selva de concreto
O que você tem pra mim agora, hein?
Selva de concreto
Já disse que a vida deve ser encontrada em outro lugar
Selva de concreto
Ilusão, confusão
Selva de concreto
você nomeou isso, você teve isso
Selva de concreto


Catch a fire
PEGANDO FOGO
condutor de escravos
a mesa virou
bota fogo
Você vai se queimar
Sempre que eu escuto o estalar do chicote
Meu sangue gela
eu me lembro como nos navios negreiros
eles brutalizaram suas almas
hoje eles dizem que a gente é livre
para nos acorrentar à pobreza
Deus, acho que é falta de cultura
É apenas uma máquina de fazer dinheiro

Linguagem política e Four Horsemen

"Linguagem política... é construída para fazer mentiras soarem como verdades e o assassinato respeitável, e para dar uma aparência de solidez ao vento" .
(Political language... is designed to make lies sound truthful and murder respectable, and to give an appearance of solidity to pure wind)
George Orwell

Postado por Paco

A frase aparece no Four Horsemen

Hasard

Hasard, Grupo ERRO

Por João V

Protestos na China

Protestos na China ameaçam o regime


Cobertura do G1 e a galerinha da Globo tendo comichões só de pensar...

Recomendo "A Onda"



Pra quem nunca viu e tem acesso ao netflix, vejam "A Onda", tem tudo a ver com a nossa discussão pra semana que vem. Se não é teu caso e você estiver afim, podemos nos reunir no fim de semana aqui em casa e ver. Bjs

Romeu e Julieta

Romeu e Julieta, Grupo Galpão

Por João V

Alguns filmes Russos

Outubro - Eisenstein

Encouraçado Potemkin - Eisenstein

 Três cantos para Lenin - Dziga Vertov

Birutas no Rio

Birutas no Rio

Postado pelo Rod God

Pensamento Rodolfiano


breve ensaio sobre o teatro documentário


Pobre, você é pobre


Postagem e concatenação de refs. por Rod God

Um pouco do Pawel Kuczynski


Pawel Kuczynski gif

Postado pelo Rod God

O rancho da goiabada

Elis Regina O rancho da goiabada

Postado por Rod God

Marcelino Freire Lê Totonha do livro contos negreiros


https://www.youtube.com/watch?v=WIv1KfwIstQ

Por Rod God

Porcas, Porcos e porquinhos


Postado pelo Guy

Isso é um vomito

Eu: Isso é um vomito, é um pedido e um manifesto. é um apelo por um teatro mais botânico. Se quiser ficar quieto, fica. se quiser falar, fala. Me manda tomar no cu e me diz que eu to tosco, mas acho que esse é um bom lugar pra gente começar.
Santo Antônio abandonou os homens e foi compartilhar deus com os peixes. Porque estavam tão interessados em Smartphones que não tinham saco pra ouvir Antônio, pois os peixes ouviam e respondiam e Antônio respondia de volta, e assim foram Antônio e os peixes felizes para sempre.
Isso pra mim é êxtase, não é se permitir ser louco o suficiente pra falar com peixes, é precisar compartilhar a dádiva da existência com tanta força que você tem que falar com eles. Eu falo com plantas. Agora quero falar aos porcos. Falo porque preciso, eu juro. A angústia anda comendo minhas palavras, cara.
Esses dias fui ver o ensaio de um amigo, achei bom e ruim, chato e ótimo e patati patatá, mas não foi isso o que me pegou, até porque lá, enquanto eu tava assistindo ao ensaio eu pensei "Que porra é essa que eu to fazendo nesse ensaio?? Eu não estudo no El departamento, sou burro e nem dessa merda eu entendo, ninguém aqui quer saber mesmo o que eu penso do que eles estão fazendo." Eu podia ficar gastando meu teatrez, mas preferi dizer que achei uma bosta, rir depois e dizer o que eu disse no começo. Mas não para por aí, o que me pegou mesmo foi o que ele me disse quando estávamos conversando sobre o que ele tava desenvolvendo. Ele me disse estava fazendo uma peça filosófica e que o bom é que os atores tem muito embasamento para falar sobre o trabalho. Na hora isso me despertou, mas só no dia seguinte é que eu realmente saquei para quê. A gente tá falando pra quem??
A gente caga na cara do público, burrocratiza, filosofiza, joga banana, gasta o bom português que ninguém conhece, rasga a boa poesia que ninguém leu, dá play no nosso bom repertório extracotidiano europeizante que não tem nada a ver com a gente e que vem de um russo que disse pra procurarmos o nosso e espera sinceramente que alguém além da nossa classe ‪#‎artisticoburguesaplanopilotense‬ ache alguma coisa que ultrapasse o olhar chatocrítico que impera entre os chatocríticos, mesmo quando eles gostam.
Pergunta a professora para joãozinho: De quem é a função gostar na equação acima citada?
Eu to agonizando há dias, em coisas desse tipo, sabem?
Penso muito na nossa velha bruxa falava quando a questão é essa. Ela dizia algo sobre a autenticidade residir em nós mesmos. Tá, até aí, maneiro, mas eu juro que eu tô muito cansado da produção teatral ensimesmada que eu tenho visto. E eu tenho visto muito. Peças de ninguéns pra ninguéns em um acordo puramente comercial e hipócrita suficiente para levantar o nariz para tudo o que tá além do umbigo. O Rio de Janeiro é do tamanho do umbigo do carioca. O teatro brasiliense é do tamanho do umbigo dos seus atores. Que merda!!
Na sequência falo mal de nossas peças (com um pouquinho do teatrez que com tanta dedicação e cara de "estou entendendo" que lanço mão, e quem já esteve em uma rodinha de fim de aula já me viu fazendo, tão dedicadamente contraí)
Seja Camélia (pecinha, vamos combinar! Ninguém entendia nada daquela bosta, cheia de piadinhas sem graça e soluções de iniciação teatral para conflitos gerados numa lógica boba de encenação)
Seja de Carne, Osso e Concreto (peça morta, feita de velhos jovens para jovens que não os compreendem e com má vontade, o que é um tanto absurdo)
Seja as nossas mais geniais pesquisas que ninguém viu e que estão no departamento de artes cênicas da UnB em Brasília Brasil América Terra (E nesse momento vos convido a olhar Alcione, estrela central da constelação de pleiades, não sei quantas vezes maior que o sol e rir do que quer que seja que você acha que é bom. Sou só eu aqui que acha que a própria opinião, pretensão, desejo, senso, julgamento é o engove da ressaca?? O Calypso do meu Pará???)
E aí? Aí que foda-se!!! Tô tendo a oportunidade singela de acompanhar um monte de gente que se acha Alcione, a marrom, tomar no cú gostoso e achar ruim. Hoje na peça do concreto tinham 12 pessoas! Eu acho é muito! Que que tem não ir ninguém?? O dia que os irmãos Guimarães forem para um trabalho meu, o dia que algo que eu fiz for pro CCBB, o dia que eu precisar da tia Nitza Tenenbaum pra corrigir minha pecinha porque ela tá pouco filosófica, ai eu realmente fracassei.
Sinceramente, eu prefiro fazer teatro. Teatro simplinho, sem firula. Comedia dell'arte, teatro mambembe, vaudeville...
Pau no cu de todo esse teatrinho fac feq fiq foc fuck com produção, pauta, o José Aldo e a porra toda, sabe? É um disfarce safado pra comercialização da gente mesmo, mocozando a nossa empáfia de antroprofessopoetaprofeta paras massas. To realmente esperançoso no dia da catástrofe em que a vida vai parar de ser regida pela hierarquia e mais curtida pelo momento.
É muito triste ver que nada do que se vê é realmente inspirado em nada porque todo mundo tem algo muito importante pra dizer, e curiosamente diz de um jeito que ninguém vai entender.
Hoje o Hugo disse algo sobre como é ruim quando sua personalidade é mais forte do que aprender o que é essa personalidade. Isso é deixar o medo vencer, né? Tô mesmo cansado de ter medo das coisas, de ser pouco sincero, de sorrir pra tudo e achar que é assim mesmo porque todo mundo faz também. E olha que eu to bem sóbrio. A essência do teatro é a doação, é compartilhamento, né??? será que ensimesmado, será que comercializado, será que cheio da gente mesmo dá pra atingir essa porra?????
Aí entram as plantas.
Muito mais longevas e importantes pra esse planeta que qualquer pessoa podre que rola por aí e totalmente curvadas as vontades dos canteiros, podas educativas e essa porra toda. E o mesmo vale pra todas as senhoras desse planeta.
Você já se colocou a questão "que diferença eu faço no mundo??" Mundo mesmo, não na sociedade... A gente mora num monte de montanha explodida, erosões e solos poluídos, cercados de árvores derrubadas por pessoas que ganham porcamente pra fazê-lo. Cagamos na água, comemos comida suspeita plantadas em enormes plantations de variação pífia( os índios amazônicos conheciam mais de 2000 espécies de plantas comestíveis, quantas vc conhece?), em grande parte de gosto extratlântico. Nos movemos em mais um monte de metal extraído do nosso país, mais uma vez por pessoas que ganham porcamente pra fazê-lo, e pagamos absurdamente caro por isso, se andamos de coletivo pagamos astronomicamente mais em suaves prestações diárias por uma péssima relação com tudo, movido pela sustentação super ficial do planeta que era feita da ossada e resto de tudo que virou "resto" e também ridiculamente cara. Produzimos 240 mil Toneladas de "Lixo" por ano só no Brasil. Isso é só material e eu nem to falando de gente rica, porque eles não merecem mensão. Comemos mal, dormimos mal, nos tratamos muito mal e pra quê?? você já viu alguém seguro na vida?? já viu alguém que se sente realmente confortável? A gente é o poço da insensibilidade e solidão. Resolvemos fazer teatro, com o intuito de pelo menos por um momento contratado estar trocando um pouco de afeto com uma galera e o que fazemos? Reproduzimos a sociedade em todas as escalas (pré/produção/pós) e nem pra ZOAR isso a gente serve.
Eu quero fazer algo que seja mais parecido com as plantas, sabe?? Algo que esteja aí pra dar muito sem contratos prévios. Dar porque é isso mesmo, organicamente e sem filosofia, sem palavra, sem medo, sem mais, só abertura, dádiva e acolhimento. Fazer pra Elisângela, a segurança do CCBB, ou pra Flávia, a brigadista, pro Rafael, o técnico e não só pras tias ricas que pagam os 5 pila do ingresso, ou pra quem entende pq sabe a minha dor. E não precisa ser G7, basta ser troca sincera, que o G7 não sabe fazer.
Sei lá se é impossível, sei lá se isso é teatro. Mas é isso o que eu quero.
E você??


Rods: 
Penso em Cláudia, sei lá, veio ela. Não era broder, não era próximo. Só tirei uma foto no cena dizendo que tava trabalhando. Um cara me deu um tapa nas costas agora. Levantei e reagi. Nunca reagi.sei lá. As árvores vivem 100 anos, a claudinha viveu 40 de Sensualidade? Sexo é pouco? É muito bom.

Eu: 
Tem árvore de 600... trocando o tempo todo com o ambiente e possibilitando seu sexo, sem lição de moral, mas eu quero que meu bom se foda, eu quero o seu bom, Rods. Seu melhor é sexo? então será um caralhão gigante proc. acho só que a gente se aproveita pouco, sabe?? Medindo aproveitamento por tempo... se for assim, nunca seremos árvores

Rods: 
As árvores não medem

Eu: 
já conversou com elas?? :D

Rods: 
No final da tarde, tipo as17 h,eu abraçava o poste de luz em frente a casa da minha avó na samambaia. Era muito bom, concreto quente, com o vento frio. Mas acho que rolava c as árvores tb. Hj o socorro é a cama

Eu: 
hahahahahah Eu abracei todas as árvores da estação siqueira campos até o jucati no dia em que a Cláudia morreu... Essa lembrança foi de algo feliz à algo palha no tempo do pensamento.

Lupe: 
Fico muito confuso, inspirado e acho que a gente deve sentar no bar/sala/aqui em casa pra conversar sobre esse texto. Tem uma dimensão de 'honestidade' em que eu estou muito interessado, e não emsimesmadamente interessado (apenas), mas creio que a dimensão de honestidade me interessa porque ela é uma ferramenta para uma conexão interessada. Na oficina do Luna Lunera, que alguns de nós fizeram, cheguei a esse par: "estar interessante, estar interessado" em cena. Me parece algo que é mínimo e ainda assim tão difícil... é tão simples.. A Jo Kukhatas no Fórum Shakespeare atribuía a espíritos invocados a missão de nos conduzir no momento mágico da interpretação, somos canal, instrumento, não estamos sozinhos, temos de ser gratos à materialidade que nos excede (para cima e para baixo) e que nos coloca no meio de uma amplitude imensa que nos reduz a nada, a não ser a um ponto de conexão, lugar de fluxo. Deixa ser! Vivi os abraços de árvores com o Pito no caminho para o Jucati em Copacabana no dia em que morreu a Cláudia (!!), foi muito marcante porque foi a primeira vez que pensei mesmo em como uma planta está disposta à adaptação, sem isso querer dizer que uma planta é um ser resignado, e nesse dia morre um ser vivo/orgânico tão... tangível nas nossas vidas. Mas sim, as plantas me parecem um ser que escuta (ausculta) plenamente, com toda a plenitude da sua constituição (matérial/energética...), enfim... que texto legal... gostei. Muitas coisas... angústia é medo de ter medo, né? Diriam uns. Às vezes também é libertadora, diriam outros...

Guy: 
O que eu tenho pra colaborar é a minha disponibilidade! Porque é isso mesmo, organicamente e sem filosofia, sem palavra, sem medo, sem mais, só abertura, dádiva e acolhimento. Tentar fazer um bolo ou uma lavagem mesmo... Comestível!

Eu: Guy <3


Fizemos a lavagem um tempinho depois, mas não discutimos o texto.

O emprego


http://www.olhaquevideo.com.br/video/714/el-empleo.-vencedor-do-festival-de-berlim


Postado pelo Lupe

Teatro opinião, Maria Bethania, Carcará


http://www.youtube.com/watch?v=NZbxncygOPQ


Postado por Rod God


Postada por Alê phi

Ditadura, democracia e uma foto sickniiiiing!!!

http://tijolaco.com.br/blog/?p=14210

postado pela Julie

Se os tubarões fossem homens

Se os Tubarões Fossem Homens
(Bertold Brecht)
Se os tubarões fossem homens, perguntou a filha de sua senhoria ao senhor K., seriam eles mais amáveis para com os peixinhos?
Certamente, respondeu o Sr. K. Se os tubarões fossem homens, construiriam no mar grandes gaiolas para os peixes pequenos, com todo tipo de alimento, tanto animal quanto vegetal. Cuidariam para que as gaiolas tivessem sempre água fresca e adotariam todas as medidas sanitárias adequadas. Se, por exemplo, um peixinho ferisse a barbatana, ser-lhe-ia imediatamente aplicado um curativo para que não morresse antes do tempo.
Para que os peixinhos não ficassem melancólicos haveria grandes festas aquáticas de vez em quando, pois os peixinhos alegres tem melhor sabor do que os tristes. Naturalmente haveria também escolas nas gaiolas. Nessas escolas os peixinhos aprenderiam como nadar alegremente em direção à goela dos tubarões. Precisariam saber geografia, por exemplo, para localizar os grandes tubarões que vagueiam descansadamente pelo mar.
O mais importante seria, naturalmente, a formação moral dos peixinhos. Eles seriam informados de que nada existe de mais belo e mais sublime do que um peixinho que se sacrifica contente, e que todos deveriam crer nos tubarões, sobretudo quando dissessem que cuidam de sua felicidade futura. Os peixinhos saberiam que este futuro só estaria assegurado se estudassem docilmente. Acima de tudo, os peixinhos deveriam rejeitar toda tendência baixa, materialista, egoísta e marxista, e denunciar imediatamente aos tubarões aqueles que apresentassem tais tendências.
Se os tubarões fossem homens, naturalmente fariam guerras entre si, para conquistar gaiolas e peixinhos estrangeiros. Nessas guerras eles fariam lutar os seus peixinhos, e lhes ensinariam que há uma enorme diferença entre eles e os peixinhos dos outros tubarões. Os peixinhos, proclamariam, são notoriamente mudos, mas silenciam em línguas diferentes, e por isso não se podem entender entre si. Cada peixinho que matasse alguns outros na guerra, os inimigos que silenciam em outra língua, seria condecorado com uma pequena medalha de sargaço e receberia uma comenda de herói.
Se os tubarões fossem homens também haveria arte entre eles, naturalmente. Haveria belos quadros, representando os dentes dos tubarões em cores magníficas, e as suas goelas como jardins onde se brinca deliciosamente. Os teatros do fundo do mar mostrariam valorosos peixinhos a nadarem com entusiasmo rumo às gargantas dos tubarões. E a música seria tão bela que, sob os seus acordes, todos os peixinhos, como orquestra afinada, a sonhar, embalados nos pensamentos mais sublimes, precipitar-se-iam nas goelas dos tubarões.
Também não faltaria uma religião, se os tubarões fossem homens. Ela ensinaria que a verdadeira vida dos peixinhos começa no paraíso, ou seja, na barriga dos tubarões.
Se os tubarões fossem homens também acabaria a ideia de que todos os peixinhos são iguais entre si. Alguns deles se tornariam funcionários e seriam colocados acima dos outros. Aqueles ligeiramente maiores até poderiam comer os menores. Isso seria agradável para os tubarões, pois eles, mais frequentemente, teriam bocados maiores para comer. E os peixinhos maiores detentores de cargos, cuidariam da ordem interna entre os peixinhos, tornando-se professores, oficiais, polícias, construtores de gaiolas etc.
Em suma, se os tubarões fossem homens haveria uma civilização no mar.

Desenho da Amanda


Chiqueirinho

Gente, ontem eu tava com uma amiga que tem uma nenenzinha... ai a gnt tava em casa se preparando pra sair... nisso tava todo mundo ocupado e a Flora lá... toda se querendo e desbravando a casa qnd n mais que de repente ela qse chega na tomada a a vó da menina dá um grito! "GENTE DO CÉU! sá menina vai levar um choque! coloca ela lá no chiqueirinho.." chiqueirinho é tipo aquele quadrado com grade... na hora lembrei da gente... que tal um chiqueirinho na nossa peça... pros porcos n obedientes... ou até mesmo pros porcos perigosos por quererem desbravar e conhecer coisas...! =))

Postado por Alê phi, maio, 2013

Vocês, artistas

''VOCÊS, ARTISTAS QUE FAZEM TEATRO EM GRANDES CASAS, SOB SÓIS ARTIFICIAIS! DIANTE DA MULTIDÃO CALADA, PROCUREM DE VEZ EM QUANDO O TEATRO QUE É ENCENADO NA RUA. COTIDIANO, VÁRIOS E ANÔNIMO, NUTRIDO DA CONVIVÊNCIA... DOS HOMENS, O TEATRO QUE SE PASSA NA RUA."
Bertolt Brecht

Postado por Carmen, um dia depois do dia do trabalhador, 2013

Roberto Alvim sobre dramaturgia

na dramaturgia
só há dois caminhos:
ou nós FALAMOS sobre algum tema (como masturbadores neuróticos)
ou nós 
proporcionamos
uma EXPERIENCIAÇÃO estética em PRODUÇÃO DE PRESENÇA
(é a diferença abissal que existe
entre
CONTAR no bar para um amigo sobre uma noite de amor
e
VIVENCIAR uma noite de amor...)
de modo geral
as peças FALAM sobre algo
mas não nos proporcionam
através de seus sistemas formais
a imersão em uma EXPERIÊNCIAÇÃO estética específica.
(no teatro contemporâneo
sobra reflexão e análise
e falta
imersão em experienciação estética...)

Roberto Alvim, postado pelo Guy

Evolução dos porcos