terça-feira, 7 de abril de 2015

Sinônimos (analogias, equivalências) para o termo "porco"

dentro da nossa abordagem, ou ainda:

O que é o/a porco/a?

RESPOSTAS:

Lupe: (escrita automática)
corrupto, sujo, inchado, cínico, podre, coprófago, alheio, ego-ísta, poderoso, atraente, sedutor, dissimulado, titio, homão, espertão, ombrão, maldoso, humano-orgânico, contraditório. Qualquer um numa atitude de poder consciente. Qualquer um numa atitude de manipulação consciente em favor do seu ponto de vista, seja ele benevolente, malevolente, não importa, desde que seja o seu ponto de vista prevalecendo sobre outros. O porco é o momento do ser que revela conscientemente a atitude que decide conscientemente por si. O porco é o racionalista que sabe que ele mesmo existe no mundo e que quer sobreviver SOBRE os outros, ainda que por um instante. O porco não é bom ou mau, ele é uma atitude natural de devorar, devorar, devorar sem distinguir, sem moralizar, sem se atentar com os detalhes que possam emanar do outro ou do ambiente. Importa para o porco o seu corpo sedento, o porco é reprimido sexualmente, por isso goza tanto e por tanto tempo, e dá guinchos agudos e quase insuportáveis de se ouvir, logo: o porco precisa parar com toda essa repressão, desreprimir um bocado e ficar-mais-de-boa, cara.
obs: polemizo - é necessário ser sempre algo porco, para auto-governar-se e para governar uma comunidade. (precisamos de qualquer um desses governos?)

João:
Porco sou eu pintado de verde, de dourado, porco é o limpo que come lavagem, o sujo que se esconde por trás dos óculos Armani, POrco Oinc, Porco que leva febre, H1N1 e todas as doenças do capitalismo deslavado, desalmado ou consumido. O porco é o gene do humano, é DNA da culpa, quando comemos a maçã, o desejo, a vontade e tudo que nos rege no mundo da matéria. Porco , patas, canibal, onívoro, hipócrita, mentiroso, aproveitador, sádico, cínico, astuto, bravo, herói, genial. Partido porco: pouca ordem resta roinc roinc!

Rods:O porco é um injustiçado, um emporcalhado. Um ser tornado o que é. Um grandalhão, um sorrisão. Um porcão. Vamos comer muitão no porcão, amigão? Sorrisão. Felizão. Filho da putão, dá aqui um tapinha nas minhas costas. É aquele tio bebado que pega os sobrinhos pelas pernas,joga pro alto até ele cair. Um porco é um corpo do avesso, visceras, verdade ultima de todos nós, aborto de lodo e lamas. Porco é constrasenso, sou eu. Sou você. Quero você, comer você e até morder você. Porquinho atrapalhado vai pela cidade, rebolando o rabão de presuntão. Porcão, babão. Sabichão.

quarta-feira, 25 de março de 2015

Manifesto da (real) tentativa


Porquanto a palavra luta pode não nos parecer atraente como grandioso e reconhecido termo, palavra pública, representante da firmeza de propósito e da seriedade: prefiramos a palavra lazer (e não laser!!!).

Em lazer, mergulhamos a cada instante no instante que nos tangencia o corpo. Como o fazemos? Olhando e pensando, sabendo e sentindo as coisas e nós em seu bojo. Estamos aqui e o que aqui está, está conosco: somos lugar. Somos um pedaço. Para o humano, o ser humano (esta fruta), ser é espelhar-se por toda parte. Espelhar toda a natura - o todo - percebido pelo fragmento específico do corpo. Assim, só assim, seguimos. Seguimos para acontecer. Gostosa natureza orgasmática: brinca.

Perguntamos:

- No que consiste divertir-se
- Enquanto isso se dá (assumindo que de fato aconteça), onde ficam os medos? 
- O quê espanta, no canto, o mal que o canto espanta de quem canta?
- Quem cantou e os males espantou, monstrou o monstro do som no tom?

E mais!:

- Esse fulano que cantou, chamou o monstro? Vibrou o monstro e o monstro passou por dentro do corpo dele para sair?

Ah!... coisas.

Tentemos! Nós tentamos. Entendemos o chamado das coisas: quantos caminhos para cumprir um mesmo chamado (liberdade!!), quantos caminhos para vivenciar um mesmo desejo! Não é só maravilhoso! É gigantesco, é pavoroso, é ininterrupto, é fluido! É marasilioso! É marasiliense!! Nosso lugar é Marasília! Lugar de tentativa. Somos um lugar!

Marasília. Divertir-se é tentar(-se).
Por que dizer não à tentação se tentar é tão bão?

Nas mãos:
Uma concha (para não se esquecer do barulho do mar!)
Um fruto (para lembrar-se das marasílias da terra!!)
Um frasco fechado, com raso líquido - que jamais devemos abrir (para aprender a cultivar o mistério!!!)


Tentar, tentar, tentar. Sempre tentar. Somos tentadores. Somos atentados. Somos terroristas! (>> !Brincadeira! <<) HA HA HA HAios e trovões! Somos brincalhões!

Somos coco-mumu-nini-caca-dodo-reres.
Co-comuni-ca-camos pelo som que sai de cada um e o outro logo escuta. Som solar do centro do peito, de um rio que corre no interior de todo verdadeiro marasiliense! ! ! Som colossal que por ser tão impávido penetra na mente dos humanos: no sonho dos humanos sem ser percebido.

Tudo aquilo que Marasília lançar no mundo entrará pelo mundo (!) como seiva onírica do mundo, percorrerá as fissuras deste mundo, dos próximos mundos e dos contemporâneos e correlatos deste mundo!

Marasília é a natureza exuberante. Nós somos corpos curiosos, questionadores, gentis, responsáveis e criativos. Somos marasiliosos! Somos brinca-dores!

O som do marasiliense reverbera no(s) universo(s).
O som no presente é o nosso presente!
O som e a presença não revelam seu projeto:
em Marasília guardamos segredos!
O som não é óbvio: é só ação, brincação, sem in-rolação!
O som é o olhar, o poder do olhar.

Somos fantasmas, em plena diversão! Somos atletas, eternos turistas!
Seguimos tentanto, atentando, tentando, atentando.
Estando presentes, fazendo graça no raio do instante!

Marasília: o tudo aqui (e todos aqui!!)

Nem mesmo para nós mesmos mentimos.
Nem mesmo em nossas próprias mentes mentimos.
Não mentiremos. Nos meteremos!

A tentativa é o eterno mistério!
Os vales gigantes, abismos imensos,
cercam nosso lar de danças.
Somos insistentes, não incovenientes!
Dançamos, dançamos, dançamos.
Pulamos nos abismos
dançando.

E fluimos, fruimos, fluimos,
peidamos, subimos, cantamos,
tentamos, tentamos, tentamos
manhã, tarde e noite
tentando, tentando,
e o mundo criando,
tentamos, 
tentamos,
para morrer 
e continuar nas coisas.

terça-feira, 27 de janeiro de 2015

Ensaio Aberto

Parte I - Arte x Barbárie

Parte II  - A lei de Fomento

Parte IV - Teatro Grupo e Teatro Mercadoria

Parte V - A contrapartida social

Parte VI - Teatro político e social

Parte VIII - Trabalhadores de teatro


Política - trio Protofonia


Política

Nós na granja



Nosso primeiro retiro para granja dos bichos :D

Julie: Minha gente linda!!! Que dia incrível, to na fé com nossas discussões! 

Porcas



Por Rod God

Sobre a polícia

Julie: odeioooooooooo, sério, se tem uma raça que eu odeio são eles. sou preconceituosa memso.

Clarice: 
Vixe, tenho umas histórias cabulosas sobre isso ai.

Alê: 
cachorros!

Rods: 
Esse é um ponto muito importante mesmo. O Estado detém o monopólio da violência na modernidade, e o exerce através das polícias militares e do exercito. É evidente no nosso país e na Revolução dos Bichos que esse monopólio serve a quem está no poder. Uma vez eu estava com duas amigas universitárias de madrugada no Setor Comercial Sul fazendo uma pesquisa com as trabalhadoras garis onde haviam outras pessoas trabalhando na prostituição, não deu 20 min. para aparecer uma viatura da polícia perguntando o que a gente estava fazendo ali, e dizendo que ali não era lugar para a gente, evidentemente pq a gente era branco e classe média. A polícia estava mais do que pronta para nos 'defender'. Ainda no Brasil com a questão racial mais que latente, é um paradoxo que uma polícia onde muitxs são negras/os esse acabem atuando como agentes diretos do racismo, quase como os novxs capitxs do mato, no exercício do que chamam de "kit pega" que é um conjunto de descrições racistas que servem de baliza para a atuação da polícia nas ruas.

Dani: https://www.youtube.com/watch?v=B-iy28mIsLk


A postagem era do Lupe e dizia venho pensando sobre a polícia.