Porquanto a palavra luta pode não nos parecer atraente como grandioso e reconhecido termo, palavra pública, representante da firmeza de propósito e da seriedade: prefiramos a palavra lazer (e não laser!!!).
Em lazer, mergulhamos a cada instante no instante que nos tangencia o corpo. Como o fazemos? Olhando e pensando, sabendo e sentindo as coisas e nós em seu bojo. Estamos aqui e o que aqui está, está conosco: somos lugar. Somos um pedaço. Para o humano, o ser humano (esta fruta), ser é espelhar-se por toda parte. Espelhar toda a natura - o todo - percebido pelo fragmento específico do corpo. Assim, só assim, seguimos. Seguimos para acontecer. Gostosa natureza orgasmática: brinca.
Perguntamos:
- No que consiste divertir-se?
- Enquanto isso se dá (assumindo que de fato aconteça), onde ficam os medos?
- O quê espanta, no canto, o mal que o canto espanta de quem canta?
- Quem cantou e os males espantou, monstrou o monstro do som no tom?
E mais!:
- Esse fulano que cantou, chamou o monstro? Vibrou o monstro e o monstro passou por dentro do corpo dele para sair?
Ah!... coisas.
Tentemos! Nós tentamos. Entendemos o chamado das coisas: quantos caminhos para cumprir um mesmo chamado (liberdade!!), quantos caminhos para vivenciar um mesmo desejo! Não é só maravilhoso! É gigantesco, é pavoroso, é ininterrupto, é fluido! É marasilioso! É marasiliense!! Nosso lugar é Marasília! Lugar de tentativa. Somos um lugar!
Marasília. Divertir-se é tentar(-se).
Por que dizer não à tentação se tentar é tão bão?
Nas mãos:
Uma concha (para não se esquecer do barulho do mar!)
Um fruto (para lembrar-se das marasílias da terra!!)
Um frasco fechado, com raso líquido - que jamais devemos abrir (para aprender a cultivar o mistério!!!)
Tentar, tentar, tentar. Sempre tentar. Somos tentadores. Somos atentados. Somos terroristas! (>> !Brincadeira! <<) HA HA HA HAios e trovões! Somos brincalhões!
Somos coco-mumu-nini-caca-dodo-reres.
Co-comuni-ca-camos pelo som que sai de cada um e o outro logo escuta. Som solar do centro do peito, de um rio que corre no interior de todo verdadeiro marasiliense! ! ! Som colossal que por ser tão impávido penetra na mente dos humanos: no sonho dos humanos sem ser percebido.
Tudo aquilo que Marasília lançar no mundo entrará pelo mundo (!) como seiva onírica do mundo, percorrerá as fissuras deste mundo, dos próximos mundos e dos contemporâneos e correlatos deste mundo!
Marasília é a natureza exuberante. Nós somos corpos curiosos, questionadores, gentis, responsáveis e criativos. Somos marasiliosos! Somos brinca-dores!
O som do marasiliense reverbera no(s) universo(s).
O som no presente é o nosso presente!
O som e a presença não revelam seu projeto:
em Marasília guardamos segredos!
O som não é óbvio: é só ação, brincação, sem in-rolação!
O som é o olhar, o poder do olhar.
Somos fantasmas, em plena diversão! Somos atletas, eternos turistas!
Seguimos tentanto, atentando, tentando, atentando.
Estando presentes, fazendo graça no raio do instante!
Marasília: o tudo aqui (e todos aqui!!)
Nem mesmo para nós mesmos mentimos.
Nem mesmo em nossas próprias mentes mentimos.
Não mentiremos. Nos meteremos!
A tentativa é o eterno mistério!
Os vales gigantes, abismos imensos,
cercam nosso lar de danças.
Somos insistentes, não incovenientes!
Dançamos, dançamos, dançamos.
Pulamos nos abismos
Estando presentes, fazendo graça no raio do instante!
Marasília: o tudo aqui (e todos aqui!!)
Nem mesmo para nós mesmos mentimos.
Nem mesmo em nossas próprias mentes mentimos.
Não mentiremos. Nos meteremos!
A tentativa é o eterno mistério!
Os vales gigantes, abismos imensos,
cercam nosso lar de danças.
Somos insistentes, não incovenientes!
Dançamos, dançamos, dançamos.
Pulamos nos abismos
dançando.
E fluimos, fruimos, fluimos,
peidamos, subimos, cantamos,
tentamos, tentamos, tentamos
manhã, tarde e noite
tentando, tentando,
e o mundo criando,
tentamos,
tentamos,
para morrer
e continuar nas coisas.
E fluimos, fruimos, fluimos,
peidamos, subimos, cantamos,
tentamos, tentamos, tentamos
manhã, tarde e noite
tentando, tentando,
e o mundo criando,
tentamos,
tentamos,
para morrer
e continuar nas coisas.
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